VENDAS EM BAIXA

Exportações de soja recuam no bimestre, mas embarque em 2025 deve ser recorde

Grão e farelo tiveram baixas nas remessas, enquanto óleo aumentou. Espera pela consolidação da safra explicam ritmo

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Foto: Ivan Bueno/AnP

Nos dois primeiros meses de 2025, a exportação de soja em grão caiu pela metade em comparação com igual período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados na última segunda-feira (24).

Assim, no primeiro bimestre de 2024, foram 9,5 milhões de toneladas embarcadas e em janeiro e fevereiro deste ano, faltando ainda uma semana para a conclusão das remessas, 4,8 milhões de toneladas foram enviadas ao exterior.

Quanto ao farelo, a redução foi menos acentuada: de 3,4 para 3 milhões de toneladas. Por outro lado, as exportações de óleo de soja aumentaram, de 90 para 190 mil toneladas.

O diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, destaca que o ritmo de embarques está menor porque o mercado aguarda a consolidação da safra brasileira que será recorde, apesar de menor do que o potencial inicialmente previsto por conta de problemas climáticos no Sul e em parte do Centro-Oeste.

A Argentina, outro grande produtor, começa a colher em março e também vem demonstrando problemas em sua lavoura, questão que interfere com o mercado regional da América do Sul.

“Contudo, apesar da queda de exportação do primeiro bimestre, a expectativa é de uma exportação total maior que a do ano passado, chegando perto de 110 milhões de toneladas exportadas contra 98,6 milhões de toneladas em 2024. Assim, podemos superar o recorde de 2023, quando 102 milhões de toneladas foram embarcadas e isso acontece por conta da safra maior deste ano.”