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Exportações de trigo pelo Brasil em 2024 já superam todo o ano passado

O recorde não está apenas na exportação, mas também no volume total movimentado entre importação e exportação de trigo

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Foto: Manu Dias/GovBA

As exportações de trigo pelo Brasil em 2024 já superaram o volume exportado em todo o ano passado. Este resultado coloca o país em potencial para um recorde histórico de movimentação total de trigo, considerando tanto a exportação quanto a importação.

O recorde não está apenas na exportação, mas também no volume total movimentado entre importação e exportação de trigo. Giovani Ferreira explicou que o Brasil historicamente não é autossuficiente na produção de trigo, produzindo apenas metade do que consome e necessitando importar a outra metade.

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Nos últimos dois a três anos, o Brasil aumentou consideravelmente a produção de trigo, com o objetivo de reduzir as importações. No entanto, o país também aumentou suas exportações. Este aumento nas exportações se deve à qualidade do trigo produzido, que muitas vezes não atinge o padrão de panificação e é exportado para países como o Japão, onde é usado para ração animal. Enquanto isso, o Brasil continua a importar trigo de alta qualidade para atender à indústria de panificação.

O gráfico apresentado por Ferreira mostrou que, de 2020 a 2024, as importações de trigo diminuíram de cerca de 6 milhões de toneladas para 3-4 milhões de toneladas, enquanto as exportações aumentaram. Em 2022, o Brasil atingiu um recorde de exportação de mais de 3 milhões de toneladas, seis vezes o volume exportado em 2020. Em 2023, o volume exportado foi de 2,35 milhões de toneladas. Já em 2024, até o mês de julho, o Brasil exportou quase 2,5 milhões de toneladas, superando o total de 2023 em apenas sete meses.

Seguramente, vamos superar a marca de exportação de 2022 este ano. As importações de trigo este ano poderiam chegar a 4,5 milhões de toneladas para atender à demanda da indústria de panificação.

Ferreira destacou que 95% de todo o trigo produzido no Brasil é cultivado na região sul, concentrando o comércio de importação e exportação nos portos do Rio Grande do Sul e do Paraná, especificamente nos portos de Paranaguá e Rio Grande.

A movimentação de trigo está muito forte nas duas vias, tanto de importação quanto de exportação, o que reflete a dinâmica do mercado brasileiro de trigo.