? A ideia, o desafio é crescer 12%, enquanto as exportações mundiais devem aumentar 9% ? disse Barral.
Se concretizada a perspectiva, os embarques brasileiros somarão em torno de US$ 220 bilhões no próximo ano, superando o recorde de US$ 198 bilhões de 2008, que deve ser igualado este ano. Faltando duas semanas para fechar 2010, as exportações totalizam US$ 192,5 bilhões.
De acordo com Barral, como as exportações mundiais devem se expandir 19% este ano, a participação brasileira no total deve crescer dos atuais 1,26% para algo próximo de 1,30% em 2010.
? Ainda assim 2011 será um ano difícil. Com a competição acirrada, temos o desafio de avançar no acesso a mercados ? disse o secretário.
Barral afirmou esperar que o próximo governo avance em negociações de acordos importantes em andamento, com o México e a União Europeia, mas ressaltou que às vezes um acordo sanitário pode trazer mais resultado do que um acordo comercial propriamente dito.
O secretário também destacou o crescimento do comércio com a Argentina, que poderá ultrapassar os Estados Unidos como segundo maior parceiro comercial brasileiro, ficando atrás apenas da China.
Gargalos
Ao traçar o cenário para o comércio exterior brasileiro no próximo ano, Barral ressaltou que o Brasil ainda precisa corrigir uma série de gargalos internos para não ficar refém da questão cambial.
? Antes de jogar a culpa nos outros e querer mais medidas protecionistas, temos que ver onde a culpa é nossa ? afirmou.
Mesmo com o contínuo aumento das importações, cuja expansão em 2010 é de cerca de 42%, Barral projeta um superávit de US$ 16 bilhões na balança comercial em 2011, semelhante ao previsto para este ano.
? No início do ano, muitos analistas de mercado previram déficit de US$ 15 bilhões e agora estão prevendo resultados menores para 2011. Mas mantidas as condições, podemos manter o saldo no patamar atual ? completou.