Apesar do bom desempenho no semestre, o setor passa por um período de perda de competitividade nas exportações e uma remuneração baixa no mercado interno. Segundo cálculos da Ubabef, entre janeiro de 2010 e junho de 2011, o dólar teve uma queda de 10,30% ante o real. Já sobre os custos, as cotações da saca do milho, um dos principais insumos utilizado na ração dos animais, teve aumentos acumulados de 47% a 111% nas principais praças de comercialização.
? Poderíamos ter ido muito melhor nas exportações, porque há demanda, mas estamos perdendo competitividade por causa do enfraquecimento do dólar e do alto custo de produção. Para se ter uma ideia, entre o fim de 2010 a junho de 2011, tivemos uma desaceleração de 2,1% no volume de carne de frango exportado. Portanto, o que percebemos já é uma redução no volume de produção e a tendência para o segundo semestre será essa ? disse o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra.
Com relação ao mercado interno, o presidente da Ubabef disse que, apesar de o consumidor estar comendo mais frango, por causa dos altos preços da carne bovina, há um excesso de oferta e os preços não estão remunerando corretamente os produtores.
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? Assim como acontece com os suinocultores, os avicultores também estão trabalhando com prejuízo ? ressaltou o executivo.
Na análise por tipo de corte exportado, as vendas externas de cortes somaram 1,019 milhão de toneladas no primeiro semestre, alta de 8,1% ante o mesmo período de 2010. Em receita cambial, o montante foi de US$ 2,147 milhões, incremento de 30,6%. Já as exportações de frango inteiro totalizaram 732 mil toneladas , alta de 4,1%, com receita de US$ 1,295 bilhão, avanço de 27%. As vendas externas de frango industrializado, de 89 mil toneladas, com aumento de 19%, representaram receita de US$ 280 milhões, 38,9% superior ao arrecado no primeiro semestre de 2010. E nos outros segmentos, os embarques foram de 86,8 mil toneladas, alta de 3,8%, com uma receita de US$ 277,2 milhões, incremento de 12,3%.
Já na lista dos Estados que mais exportaram carne de frango no período estão Santa Catarina, com 520,1 mil toneladas, 9,2% a mais que no mesmo período do ano passado, Paraná, com 499,2 mil toneladas, alta de 4,6%, Rio Grande do Sul, com 371,9 mil toneladas, queda de 1,6%, São Paulo, com 145,2 mil toneladas, avanço de 21,3% e Mato Grosso, com 102,2 mil toneladas, aumento de 20,7%.
