No ano passado, com preços elevados no mundo inteiro, o setor de lácteos no Brasil foi beneficiado pelo aumento nas exportações. E em 2008, apesar dos preços mais baixos, o ritmo dos embarques foi mantido.
De acordo com um levantamento da Scot Consultoria, o auge foi em setembro deste ano, quando as exportações no setor totalizaram US$ 67 milhões. Em outubro caíram para US$ 51,2 milhões, mas em novembro despencaram para US$ 23,4 milhões.
Para o diretor da Serlac, que responde pela metade das exportações de lácteos no Brasil, este resultado não vai impedir um novo recorde no ano.
? Foi circunstancial e não há preocupação maior. Deve ter ocorrido atraso de produção ou problemas de embarque. A situação mudou em dezembro, que deve fazer a média do ano, de mais ou menos US$ 40 milhões por mês ? diz Alfredo De Goye.
Se a receita de US$ 500 milhões se confirmar em 2008, conforme prevê a empresa, vai representar quase o dobro do ano passado. Para 2009, o otimismo também foi mantido apesar do preço mais baixo.
? O preço internacional do leite teve uma oscilação muito grande neste ano. Começou 2008 a US$ 5 mil por tonelada de leite em pó e está encerrando a quase US$ 2 mil a tonelada. Mesmo assim a quantidade exportada está crescendo muito. O ano de 2006 foi muito bom, em 2007 as exportações mais que dobraram e em 2008 estamos fazendo US$ 500 milhões contra os US$ 280 milhões obtidos no ano passado. Em 2009 as exportações devem crescer ? conclui De Goye.