O mel brasileiro é muito procurado por países como Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. A demanda pelo produto vem aumentando.
De janeiro a junho deste ano, foi registrado um aumento de 10% nas exportações de mel brasileiro, em relação ao mesmo período de 2009. Somente no mês de junho, foram embarcadas mais de 1,9 mil toneladas do produto, alta de 30% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita superou cinco milhões de dólares.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel), Carlos Rehder, explica que o Brasil ganhou espaço porque a produção mundial de mel está menor.
Entretanto, os embarques poderiam crescer ainda mais, admitem as lideranças do setor. O problema é que falta mel para a exportação.
Atualmente, no Brasil, são produzidas 45 mil toneladas do alimento por ano. Cada colmeia produz 18 quilos de mel em um período de doze meses. De acordo com a Associação Paulista de Apicultores, esta média está bem abaixo da capacidade produtiva do país.
Em uma empresa da região são fabricados mais de vinte diferentes tipos de mercadorias à base de mel. Cerca de 10% do total da produção é destinada a exportação.
O mel capixinga, o de eucalipto e o mel silvestre são enviados para a China, justamente o país que mais produz mel no mundo. Parece uma contradição, mas os chineses têm quantidade, mas não a qualidade do mel brasileiro. Ao todo, 15 países no mundo recebem o produto do Brasil.
A pesquisadora Beatriz Pamplone, doutora em Ecologia pela USP, concorda que a quantidade de importadores só não é maior porque falta produto no mercado. Ela estuda a apicultura desde 1980.