Exportações de milho de Mato Grosso por Santarém crescem em agosto

Porto paraense tornou-se o segundo principal ponto de embarque no mêsO porto de Santarém, no Pará, tornou-se, neste ano, o segundo principal ponto de embarque do milho produzido em Mato Grosso. Santos continua como o principal porto de exportação do cereal mato-grossense. O Porto de Paranaguá, que até o ano passado era o segundo principal ponto de embargue, caiu para a quinta posição em agosto. Os dados foram publicados no boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

No último relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), das 1,9 milhão de toneladas exportadas pelo Estado em agosto, 66,6% foram embarcadas por Santos, Santarém embarcou 14,7%.

O despacho do milho de Sorriso, em Mato Grosso, a Santarém está atualmente em média R$ 240 a tonelada, 14,3% menor que o envio do mesmo município até Santos, com média de R$ 280 a tonelada. Para o Imea, após a conclusão da BR-163, que ligará Cuiabá a Santarém, projeta-se um volume muito maior a ser escoado pelo porto de Santarém. 

Cotações no mercado interno de Mato Grosso

Os preços do milho no mercado interno mato-grossense apresentaram leve queda na última semana, encerrando com média de R$ 10,39 a saca, 3,7% inferior ao valor da semana anterior. Em Sorriso, a média semanal foi de R$ 8,01 a saca, 52,3% menor do que o custo do transporte do produto até Santos. Com preços tão baixos, seriam necessárias 2,1 sacas do cereal para arcar com os custos do frete. A mesma situação é observada também em outros municípios. Rondonópolis é um dos poucos municípios em que o preço da saca do milho se encontra acima do valor de seu transporte até o porto de Santos.

Custos de produção do cereal

Os custos para produzir o milho em Mato Grosso vêm aumentando nas últimas safras. Na safra 2012/13, o valor chegou à marca de R$ 1.648,6 o hectare, 13,2% a mais que na safra anterior. Do total investido na produção deste ciclo, 90,8% foram destinados aos custos variáveis, sendo 56,6% do custo total com insumos (sementes, fertilizantes e insumos). Para a próxima safra, 2013/14, a projeção é de 11,5% de aumento nos gastos com insumos, com a estimativa de aumento de 5,4% nos custos totais da safra 2012/13. Dentre os itens que, segundo o Imea, vão pressionar para cima o custo estão os fertilizantes, defensivos, e o custo da terra.