Entre 4 e 11 de novembro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 0,76%, fechando a R$ 24,97 a saca de 60 quilos na segunda, dia 11. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 24,56/sc de 60 kg na segunda, alta de 0,82% em sete dias.
Mercado
Segundo relatório, divulgado pelo USDA, é esperado uma produção mundial de milho recorde de 962,83 milhões de toneladas na próxima safra. Destes, 36,9% correspondem à produção norte-americana, que também produzirá volumes inéditos de 355,33 milhões de toneladas. O consumo do cereal estará em 933,36 milhões de toneladas.
Durante a última semana, as cotações de milho na Bolsa de Chicago atingiram mais uma vez os piores patamares desde 2010, com uma leve recuperação semanal de 0,8% na sexta, dia 8. O mercado interno do cereal mato-grossense teve elevação semanal de 6%, que já vem ocorrendo desde outubro. Um dos fatores do descolamento do preço de Chicago para o preço de Mato Grosso foi devido à colheita dos Estados Unidos, que está tendo bons rendimentos, pressionando as cotações na Bolsa. O aumento do preço no Estado se deve à valorização do dólar frente ao real, juntamente com o grande índice de exportação do Estado. Além disso, outro fator que vem determinando a reação dos preços em novembro é o volume já negociado nos leilões de Pepro. Omilho encerrou a semana cotado a R$ 11,63 a saca em Mato Grosso.
Colheita nos Estados Unidos
Segundo o relatório do USDA, a colheita de milho norte-americana possui 73% concluída, todavia, abaixo da expectativa do mercado. Apesar do avanço semanal de 14 p.p., a colheita desacelerou o ritmo em áreas do leste do cinturão depois de chuvas. As atividades deste ano estão 2 p.p. acima da média dos últimos cinco anos, entretanto, bem abaixo dos 95% já realizados no ano passado.
Outro fator que está reduzindo o ritmo acelerado da colheita do milho nos Estados Unidos é a preocupação dos produtores com a prioridade de retirada da soja, que é mais suscetível a prejuízos com intempéries climáticas e possui preços mais atrativos. Para esta semana, a previsão climática indica poucas chuvas, não ultrapassando o acumulado de 20mm na semana, nas principais regiões produtoras.