Cerca de 30 mil toneladas de equipamentos para a fábrica irão passar pelos berços do Porto de Paranaguá. Destas, 15 mil toneladas chegarão por contêiner, o que corresponde a 1,7 mil TEUs (twenty-foot equivalent unit) e o restante chegará em navios de carga geral. A previsão é que o material todo chegue em etapas pelo período de 12 meses. A fábrica deve entrar em operação já no segundo semestre de 2012.
A finlandesa Wasa Logistics foi responsável por todo o estudo logístico de transporte de Paranaguá até o local da fábrica em Mato Grosso do Sul. A Wasa optou pelo terminal paranaense pela localização privilegiada do porto, o que permitirá fácil deslocamento das peças. De todas as peças transportadas, oito terão mais de 80 toneladas.
? Este é mais um dos muitos clientes que estamos conquistando nesses primeiros meses de trabalho. A nossa intenção é atrair cada vez mais movimentação de cargas para o porto, principalmente a carga geral que tem alto valor agregado ? afirmou Lourenço Fregonese, diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Projeto
A fábrica contará com um investimento de R$ 4,8 bilhões, tendo uma capacidade de produção de 1,5 milhão de tonelada/ano de celulose. Parte desses recursos será financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) juntamente com instituições financeiras do mundo todo. Trinta mil hectares/ano de eucaliptos plantados no Brasil produzirão toda a matéria-prima necessária para que a fábrica produza por cerca de cinco anos.
Aproximadamente 70% de todo o material que será usado para a construção da fábrica é proveniente da Andritz, empresa da Finlândia que possui filial em Curitiba e decidiu usar o terminal portuário de Paranaguá para trazer suas peças.
? A estrutura do Porto de Paranaguá é ideal para o transporte dos equipamentos, o que vai agilizar, e muito, o trabalho de logística do empreendimento ? disse Leoni M. D. Savaris, gerente da Andritz no Brasil.