A Case, que reponde por mais da metade das vendas de colhedoras de cana no país, projeta que deve fechar o ano de 2009 com 20% a mais de comercialização em relação ao ano passado. A brasileira Santal já faz projeção de faturamento para 2010 e pretende fechar o ano que vem com uma alta de 20% em comparação a 2009, além de dobrar as vendas de colhedoras de cana. A Sermag tem uma expectativa de vendas de plantadeiras e veículos de transbordo no período de setembro a abril, de 30% a mais em relação a este mesmo período no ano passado. A Motocana, que este ano resolveu investir em plantadeiras, projeta que em 2010 já tenha uma participação neste segmento entre 10 e 20%.
? Nós temos uma expectativa muito boa dos negócios em relação ao ano passado, um acréscimo de 10%. É porque agora as usinas entram em manutenção. No ano passado isso não ocorreu de maneira adequada, devido à falta de crédito e à crise internacional. Este ano, eles têm que fazer. Então, aqui está exposta a melhor tecnologia tanto na área agrícola como na industrial ? afirma o diretor da Fenasucro e Agrocana, Augusto Balieiro.
Reflexo da retomada do setor sucroalcooleiro, hoje as empresas estão acelerando. Com boas expectativas de vendas para o ano que vem, as fabricantes de máquinas fizeram lançamentos durante a feira. E a tecnologia acompanha o avanço do mercado.
Duas máquinas foram apresentadas no campo pela Case. Uma para o pequeno e médio produtor que viabiliza a colheita em espaço reduzido e colhe em média 20 toneladas por hora. A outra é mais moderna e para grandes investidores. Um teste feito pelo Instituto Agronômico de Campinas apresentou a alta capacidade de colheita, de 92 toneladas por hora. As máquinas foram a aposta da multinacional para a próxima safra. Resultado de três anos de pesquisa da companhia e um investimento de 15 milhões de dólares.
? A partir de maio deste ano, a situação melhorou em todos os setores. E nós achamos que 2009 vai ser para nós, para o setor agrícola, sucroalcooleiro, um ano muito bom ? explica o Diretor Comercial da Case, Cesar Di Luca.
Por causa da corrida pela mecanização das lavouras de cana, as empresas não poupam investimentos para o lançamento de novas colhedoras. A Santal tem como carro-chefe o veículo de transbordo, mas em três anos pretende transformar a colhedora no principal faturamento da companhia. O presidente da empresa, Arnaldo Adams, comenta a situação:
? Hoje, cada dia que passa, as usinas vão tendo que mecanizar por conta da queimas de cana, da dificuldade de se conseguir até mão-de-obra até para o corte de cana.
Para lançar a primeira plantadeira da Motocana, foi necessário um investimento de R$ 500 mil e mais de dois anos de pesquisa. A empresa resolveu apostar neste tipo de máquina porque acredita que a mecanização não avança só na colheita, mas em todo o processo de produção.
? Porque o nível de mecanização é muito pequeno ainda. Tem uma tendência de crescimento enorme. E essa crise que veio, o pessoal acabou reduzindo. Então, a gente espera que 2010 seja uma grande venda e 2011 melhor ainda ? afirma Edenir Tabai, gerente comercial da Motocana.