Desde o ano passado até agora, o preço dos adubos e fertilizantes praticamente dobrou. O aumento de quase 100% pesa mais no bolso de quem planta em regiões de baixa produtividade, onde o gasto com fertilizantes consome até 40% do dinheiro investido na lavoura. E o custo pode aumentar se as empresas que fabricam o produto forem obrigadas a recolher o ICMS outra vez.
A prorrogação da isenção de ICMS para a cadeia de insumos deve ser decidida na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária, no dia 4 de julho. Até lá os fabricantes vão seguir pedindo o apoio do Ministério e da Comissão de Agricultura para impedir uma nova alta nos preços.
O impacto da tributação já foi calculado. De acordo com o presidente da Câmara de Insumos, Cristiano Simon, vai haver um aumento substancial no preço de todos os insumos.
? Será da ordem de 8,5% a 10%. O impacto será desastroso. Por isso vamos pedir ajuda do Ministério da Agricultura ? afirmou.
Mas o setor já não espera a prorrogação desejada, com validade até 31 de dezembro. Segundo empresários, é mais provável que sejam aprovadas prorrogações mais curtas, de dois em dois meses. Assim, a negociação não interferiria na aprovação da Reforma Tributária, aguardada para o segundo semestre.