O coordenador da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) na agência de Parobé, Tadeu Diniz da Costa, é otimista e ressalta que todo o quadro funcional da Azaleia pode ser absorvido em breve. A procura é para todas as funções, principalmente por costureiros.
? Eu acho que a grande maioria destes 840 funcionários vão ser encaminhados – aproximadamente cinco empresas nos procuraram. E certamente toda essa mão de obra será reempregada num momento bem rápido ? afirma Costa.
O presidente da Azaleia, Milton Cardoso, que também preside a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, disse que a indústria está migrando para o exterior porque está perdendo produtividade no Brasil. Cardoso reforçou que a unidade do Rio Grande do Sul era a de menor produção e maior custo e, por isso, decidiu fechar.
? Esta era a nossa menor unidade, que tinha 800 empregados na produção. As nossas outras unidades, localizadas no Nordeste, são muito maiores e, por terem mais escalas, têm naturalmente custos reduzidos. Além disso, há alguns benefícios fiscais no Nordeste que também barateiam a produção ? justificou o presidente da Azaleia.
A fábrica instalada em Parobé produzia 8 mil calçados por dia. A Azaleia era responsável por 30% do ICMS de Parobé, que tem 80% da economia baseada no setor calçadista.