A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) fará uma reunião na próxima semana no Sindicato de Produtores Rurais de Brumadinho, “com o objetivo de levantar as necessidades e buscar soluções” após o rompimento da barragem da mineradora Vale. Em nota, a Faemg informou que está se mobilizando junto aos sindicatos regionais para oferecer apoio e assessorias técnica, ambiental e jurídica aos produtores rurais atingidos direta ou indiretamente pelo acidente na Mina do Córrego do Feijão, ocorrido na última sexta-feira, dia 25.
A área afetada pelos rejeitos da mineradora faz parte do chamado “cinturão verde” do entorno de Belo Horizonte, que abastece com hortaliças a Central de Abastecimento de Minas Ferais (Ceasa) e a região metropolitana da capital mineira.
“Aqueles que tiveram propriedades atingidas não devem captar água de rios e córregos com resquícios de rejeitos para nenhuma atividade – nem irrigação, nem para o consumo dos animais”, alerta a federação. A água oferece riscos à saúde, segundo laudo da rede integrada de monitoramento de qualidade das águas e sedimentos, composta pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Copasa, Agência Nacional de Águas (ANA) e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
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Dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) da área da Bacia do Rio Paraopeba indicam que há aproximadamente 570 propriedades na calha do rio. Ainda de acordo com o comunicado da federação, outros dados oficiais estão sendo levantados pelo grupo estratégico criado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
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