Falta de chuva deve reduzir safra de milho de Brasil e Argentina

Receio de baixa oferta do produto aumenta preço do grão no mercadoO receio de que as produções de milho de Brasil e Argentina sejam menores que o estimado até o início de dezembro volta a motivar reajustes no preço do grão. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) observam que, mesmo que as condições climáticas melhorem nos próximos dias, o potencial produtivo já foi afetado no sul de Mato Grosso do Sul, sudoeste de São Paulo e em praticamente todas as regiões dos três Estados do Sul.

Na Argentina, também é esperada colheita menor devido à falta de chuva. A previsão de oferta e demanda em nível mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada no início de dezembro já apontava relação estoque final/demanda em 14,6%. Apesar de ser melhor que a de novembro, essa relação ainda está no menor nível desde 1973/1974.

No mercado físico brasileiro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (região de Campinas (SP), valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI) subiu 4,4% nesta quinzena, fechando a R$ 28,87 a saca de 60 quilos na quinta, dia 22. Se considerada a taxa de desconto NPR, na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 28,46 a saca de 60 quilos nesta segunda, dia 26, com uma alta de 4,9% desde o dia 14 de dezembro.