A estiagem prolongada já compromete parte da safra de soja no Distrito Federal e áreas próximas. Dos 60 mil hectares destinados ao grão na região, apenas 20% foram semeados até o momento.
Além disso, a falta de chuvas gera incertezas sobre a segunda safra de milho.
Os atrasos no plantio de soja são de 15 a 30 dias, dependendo da localidade. Nas áreas em que choveu, o volume de precipitação foi insuficiente, de cerca de 10 milímetros na maior parte das lavouras.
As sementes plantadas no fim de outubro têm mais chances de se desenvolver. Já as que foram lançadas mais tarde e ainda estão para germinar, podem ficar comprometidas, caso não chova nos próximos dias.
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O gerente da fazenda Yanoama, na região de Paranoá (DF), Wanderson de Souza Martins, afirma que a soja plantada em 200 hectares soja já está relativamente comprometida pela estiagem. “Se não chover num período de 5 a 8 dias, provavelmente vamos ter que entrar com um replantio”, diz.
De acordo com o técnico da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), Cláudio Malinski, houve algumas áreas em que choveu 100 mm, mas, na maioria delas, choveu somente 10 mm, o que não foi suficiente para começar o plantio. “Isso vai comprometer a segunda safra de milho para o próximo ano”, afirma.
“Nós paramos o plantio por três ou quatro dias, acreditando que vai chover. Estamos plantando na poeira, acreditando que a chuva venha neste final de semana”, diz Martins, da fazenda Yanoama.
