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O agricultor Valcirio Hasckel conta que mais da metade dos 460 hectares de milho não devem ser colhidos. A falta de chuva prejudicou o desenvolvimento da planta.
– A perda é de 50% com certeza. As folhas já estão morrendo, a planta está definhando, não desenvolveu o quanto deveria. Está também perdendo a capacidade total de produção. Ou seja, se não chover nós próximos 10/15 dias isso vai aumentar e pode chegar a 70% ou se continuar pode chegar 100% – lamenta o produtor.
Na pecuária a situação é parecida. Os pastos secaram e o os animais começam a perder peso. Para evitar perdas maiores, a solução foi vender ou transferir os animais de propriedade.
– Trabalho há mais de 30 anos no ramo e nunca vi isso. Nessa região sempre choveu bem, e janeiro sempre foi uma época boa de chuvas. É um ano atípico. Realmente com muita surpresa. Vai dar muito prejuízo no setor da agropecuária da região – destaca Hasckel.
Na região, os prejuízos são estimados em 20%. Segundos dados da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), em dezembro choveu apenas cerca de 60 milímetros e em janeiro mais 100. O normal para o período é cerca de 300 milímetros em cada mês. Se a estiagem permanecer, não só o campo vai sofrer com a falta de água. Em algumas cidades paulistas, incluindo a grande São Paulo, já existe a possibilidade de racionamento de água.