– É um conjunto de fenômenos que fazem as floriculturas viverem um momento bastante peculiar, bem prejudicado nas suas vendas. Tanto é que o próprio Sindicato do Comércio Varejista de Flores está encaminhando agora um pedido para Federação do Comércio do Estado de SP pedindo a prorrogação das datas de vencimentos dos impostos, adiando pra agosto pra ver se há uma chance de recuperação das vendas mais pra frente e estes prejuízos sejam melhores distribuídos – explica Hélio Junqueira, consultor da Hórtica.
• Estiagem e calor prejudicam até 50% da produção de flores em Holambra (SP)
O produtor Ciro Komura cultiva plantas ornamentais no município de Atibaia, interior de São Paulo. Ele possui 20 estufas e uma boa infraestrutura. Tudo correu bem, dentro do planejado, até o final do ano, quando começou o período sem chuvas no Estado. Antes da seca, ele mandava, por semana, de 3 a 4 caminhões carregados com plantas para a Ceagesp.
– Com este racionamento de água dentro da cidade de SP ou da grande SP não pode se irrigar jardim então eu tive uma queda de 30 a 40% de vendas porque ninguém faz mais jardim nesta época. O volume caiu bem menos, inclusive hoje a gente tá indo com caminhão menor porque senão não tem a carga toda pra isto – lamenta Komura.
A expectativa dos floricultores é a chegada da primavera e o dia de finados, eventos que contribuem para mais vendas no setor.