Falta de chuvas e futebol prejudicam as vendas de flores em São Paulo

A expectativa é com a chegada da primavera para equilibrar as contasSeca e Copa do Mundo, uma combinação com resultados negativos para os floricultores do interior de São Paulo. O mundial de futebol é um evento festivo e muito lucrativo para alguns setores, mas um péssimo momento para quem trabalha com flores. A situação é grave em todo o Estado.  A comercialização, do produtor até o varejo, caiu 30%, em média. Muitos estão endividados.

– É um conjunto de fenômenos que fazem as floriculturas viverem um momento bastante peculiar, bem prejudicado nas suas vendas. Tanto é que o próprio Sindicato do Comércio Varejista de Flores está encaminhando agora um pedido para Federação do Comércio do Estado de SP pedindo a prorrogação das datas de vencimentos dos impostos, adiando pra agosto pra ver se há uma chance de recuperação das vendas mais pra frente e estes prejuízos sejam melhores distribuídos – explica Hélio Junqueira, consultor da Hórtica.

• Estiagem e calor prejudicam até 50% da produção de flores em Holambra (SP)

O produtor Ciro Komura cultiva plantas ornamentais no município de Atibaia, interior de São Paulo. Ele possui 20 estufas e uma boa infraestrutura. Tudo correu bem, dentro do planejado, até o final do ano, quando começou o período sem chuvas no Estado. Antes da seca,  ele mandava, por semana, de 3 a 4 caminhões carregados com plantas para a Ceagesp.

– Com este racionamento de água dentro da cidade de SP ou da grande SP não pode se irrigar jardim então eu tive uma queda de 30 a 40% de vendas porque ninguém faz mais jardim nesta época. O volume caiu bem menos, inclusive hoje a gente tá indo com caminhão menor porque senão não tem a carga toda pra isto – lamenta Komura.

A expectativa dos floricultores é a chegada da primavera e o dia de finados, eventos que contribuem para mais vendas no setor.

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