Falta de chuvas preocupa produtores de soja do Rio Grande do Sul, afirma Emater

Além de serem prejudicadas pelo tempo seco, que causa o murchamento das plantas e a queda de flores e vagens, lavouras estão sendo atingidas por pragasOs baixos índices de precipitação registrados no Rio Grande do Sul nas últimas semanas já começam a preocupar os produtores de soja do Estado. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta, dia 7, o clima seco e as altas temperaturas têm ocasionado o murchamento das plantas e a queda de flores e vagens, o que poderá diminuir o potencial produtivo de algumas lavouras, principalmente aquelas implantadas em solo mais raso.

As condições adversas afetam principalmente as lavouras que estão nas fases de floração e iniciando a formação das vagens, o que compreende 80% do total semeado no Estado. Além da falta de chuvas, algumas lavouras de soja estão sofrendo também com o intenso ataque de lagartas e ácaros, o que força a continuidade das pulverizações, principalmente contra a lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens).
Os sojicultores têm dificuldades para realizar os tratamentos com fungicidas e inseticidas devido à baixa umidade relativa do ar, que compromete a eficiência dos produtos. Apesar do quadro desfavorável à cultura, as lavouras, em sua grande maioria, apresentam muito bom desenvolvimento, mantendo boas as expectativas de produção e rendimento.

Milho

Para as lavouras de milho, no entanto, as condições climáticas favoreceram a colheita, que avançou de forma significativa no Estado, alcançando 30% da área cultivada. O tempo também cooperou para a ensilagem do grão.

Os rendimentos das primeiras áreas colhidas estão variando, conforme a região e o nível tecnológico empregado, entre 3,6 mil e mais de oito mil quilos por hectare, ficando, em média, em torno de cinco mil quilos por hectare.

Feijão

A cultura do feijão também foi beneficiada pelas condições climáticas registradas no último período, com as lavouras apresentando boa evolução e a colheita avançando de forma significativa, chegando aos 79% do total semeado no Estado.

Mesmo com alguns bolsões de menor umidade ocorridos em fases anteriores – e que prejudicaram algumas áreas -, em geral, a cultura do feijão está com boas perspectivas de produção final dessa primeira safra no Rio Grande do Sul. O resultado da safra deverá ser conhecido no final deste mês.

Arroz

A maior parte das lavouras gaúchas de arroz está no período reprodutivo e apresenta bom potencial de produção. De maneira geral, as lavouras de arroz apresentam-se em boas condições. As reservas de água estão com níveis satisfatórios, sendo que muitas barragens deverão terminar o período de irrigação ainda com um bom volume de água acumulado.

Com a redução das chuvas e da umidade relativa do ar, houve também a redução na incidência de doenças. O clima mais seco e alta insolação das últimas semanas favoreceu as lavouras na fase de formação dos grãos. Ainda de maneira incipiente, as primeiras lavouras começam a ser colhidas, com resultados bastante satisfatórios.