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Falta de chuvas no Rio Grande do Sul provoca apreensão nos produtores rurais

Segundo Inmet, previsão para os próximos dias não é animadora para a agriculturaA previsão do tempo para o Rio Grande do Sul aponta uma temporada com escassez de chuvas e já preocupa produtores rurais. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de novembro teve um padrão de precipitações abaixo do esperado em todas as regiões do Estado. Segundo o meteorologista do órgão Rogério Resende, no Extremo Sul não é registrada chuva forte há 60 dias.

– De uma forma geral, todo o Leste do Rio Grande do Sul, Litoral Sul, também a região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte foram regiões que estiveram bem abaixo do esperado de chuva, em torno de 20% apenas do esperado. Outras regiões também estiveram abaixo, mas já com índices mais variáveis – explica.

De acordo com Resende, o mês de dezembro é o que mais preocupa, em relação à estiagem.

– Na região Nordeste e Planalto, o volume deve ficar em torno de 70% abaixo do esperado. No mês de janeiro, deve se aproximar da normalidade em todo o Estado, assim como em fevereiro, com exceção da região Sul, que deve também ficar abaixo. Aí pega a parte da Campanha , Litoral Sul. Toda essa região também fica abaixo do esperado, em torno de 60% – diz.

Com a previsão de mais seca para os próximos meses, aumenta a preocupação com culturas como, milho, soja, arroz e feijão. O agrônomo da Emater Rio Grande do Sul Dulphi Pinheiro ressalta ainda o receio sobre o gado leiteiro, que já sofre as conseqüências da falta de chuva no mês de novembro.

– Essa situação do leite está basicamente situada em duas regiões, que são a da Serra e o Vale do Taquari. Ali nós temos um problema de descontinuidade, praticamente, porque as pastagens de inverno já cumpriram seu ciclo e as de verão não conseguiram ainda. Devido à estiagem, não conseguiram desenvolvimento bom. Então, há um espaço em que alguns animais estão com problemas de alimentação – alerta.

De acordo com o Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), em Bagé, na Campanha, a redução da área plantada já chega a 40%, principalmente, pela da falta de água. As barragens usadas para irrigação estão abaixo do nível normal. O produtor e conselheiro do órgão, Valdir Donicht, afirma que, em sua propriedade, a safra de arroz ocupa 230 hectares, este ano. Em 2010, cultivou 380 hectares.

– As precipitações que ocorreram não encheram nossos reservatórios, por isso, todo aquele proprietário que dispõem dessa água está trabalhando, manejando e gerenciando com muito cuidado. Não adianta antecipar, porque quando chega a época de floração, que a planta precisa de mais água, já não vai ter mais. Então, deve ser muito cuidadoso o manejo da água nesse momento e nesta seca que estamos – aponta.

A soja plantada em Bagé ainda não sofre os efeitos da estiagem, mas as previsões de pouca chuva preocupam. A situação mais crítica, entretanto, é a do milho, conforme a Empresa Técnica de Extensão Rural do Rio Grande do Sul. A época é de florescimento e enchimento de grão e os efeitos podem variar de acordo com a situação de cada agricultor. Porém, a maioria dos casos, não há o que ser feito, a não ser esperar pela chuva.

– Em pleno dezembro, com certeza, a maior parte da área estará em florescimento. Muita gente tem feito isso, principalmente em relação ao milho: escalonar o máximo possível o plantio. Assim, se terá aquela lavoura em períodos críticos diferentes. Agora, para aquelas pessoas que já plantaram, a sorte está lançada e nós temos que torcer – afirma Dulphi Pinheiro.

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