E se faltar chocolate no mundo?

Esforço para atender a demanda por cacau deve chegar a US$ 1 bi até 2022

produção de cacau no mundo está em queda e, com o ingresso dos chineses e indianos na lista dos consumidores de chocolate, os preços da amêndoa dispararam 40% desde 2012. O diretor de sustentabilidade da Mars, produtora do M&M, aponta que “entre 1 bilhão e 2 bilhões de pessoas que não comem chocolates hoje” estão nos planos da indústria.

Os 10 principais produtores de chocolate do mundo estão investindo em parcerias com fazendeiros na Costa do Marfim e Gana para aumentar a produtividade das plantações e conseguir atender ao aumento da demanda em escala global. O esforço deve chegar US$ 1 bilhão até 2022.

O principal foco é ajudar os fazendeiros a aumentar a produtividade através de técnicas mais sofisticadas de plantio e cultivo, além de serviços de previsão do tempo e marketing pelo celular. A Hershey foi uma das empresas a tomar esta iniciativa e afirma que os produtores que utilizavam as informações compartilhadas tiveram ganhos de 46% na produtividade.

Em 2015, a demanda global por chocolates cresceu 0,6%, batendo o recorde de 7,1 milhões de toneladas, liderada por uma alta de 5,9% na Ásia, afirma a Euromonitor International. Apesar disso, a produção de cacau recuou 3,9%, para 4,2 milhões de toneladas, estima a Organização Internacional do Cacau.

Na safra encerrada em 30 de setembro, a produção de cacau ganesa caiu 18% em comparação ao ciclo anterior. Tempo seco, pragas e mudanças nas políticas do governo para o cacau afetaram negativamente o resultado. Na Costa do Marfim, a colheita cresceu 2,8%.

Analistas esperam que a produção de ambos países, que correspondem à cerca de 60% de todo o cacau colhido, recue nesta safra em virtude do número elevado de árvores velhas, clima ruim e pragas.