O diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, explica que os temas são importantes para o setor. Segundo ele, a renegociação das dívidas, por exemplo, foi resultado de uma ação da Famato junto ao BB que resultou na prorrogação do prazo para a renegociação, já que o banco iniciaria, no dia 30 de agosto, o processo de ajuizamento dos produtores inadimplentes.
A questão da prorrogação do prazo de adesão ao MT Legal ainda está indefinida. No dia 9 de julho deste ano, o governador Silva Barbosa (PMDB) recebeu lideranças rurais em audiência, quando prometeu que o prazo, que vence em 13 de novembro, seria prorrogado. Em reunião com o setor no final de agosto, o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Maia, disse que o governo não iria prorrogar o prazo.
Os argumentos da Famato para defender a prorrogação do prazo de adesão ao MT Legal são as novas legislações ambientais que estão sendo discutidas em nível nacional e estadual, além do alto custo para regularização do passivo ambiental. Pelos cálculos da Famato, a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) em Mato Grosso alcançaria R$ 7,8 bilhões.
Os gastos com documentação para obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Licenciamento Ambiental Único (LAU) ficariam em R$ 5,6 bilhões. A Famato estima que os 140 mil proprietários de Mato Grosso teriam que desembolsar no total R$ 13,4 bilhões, “o equivalente aos custos de uma safra”.