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Família de Santa Catarina mantém produção de vinho artesanal

Marca Domínio Vicari busca preservar cultura e tradiçãoQuem diria que a Praia do Rosa, em Imbituba (SC), conhecida mundialmente por sua beleza natural, seria o local escolhido para a produção de um vinho de autor. Um produto singular e com a sua própria identidade, feito em família com alegria e amor. A fórmula perfeita para uma bebida diferenciada e de qualidade. O vinho Domínio Vicari não busca o reconhecimento comercial e, sim, a preservação da cultura e da tradição familiar. O interesse reside no consumidor que dê o seu devido valor.

A ideia surgiu numa conversa entre a mãe Lizete Vicari, a Lili, e o filho José Augusto Vicari Fasolo. Ou seja, unir o útil ao agradável.

? Como temos uma história familiar forte na produção de uva, o nosso objetivo foi unir a tradição com o conhecimento de enólogo do meu filho para desenvolver um vinho diferenciado ? explica Lili.

Os dois buscaram a parceria de Miguel Angelo Beux e começaram a dar os primeiros passos, ou melhor, pisadas. Um dos diferenciais com certeza é a alegria e o entusiasmo durante o processo de vinificação. Familiares e amigos deixam de lado um belo dia de sol na beira da praia para se deliciar com o desengaço (retirada dos cabinhos que seguram os grãos) ao som é claro de músicas italianas cantadas por todos.

Com o esmagamento da uva, feito apenas por mulheres, a levedura da casca da própria uva começa o processo de fermentação. Em seguida, vai para a maceração nas cubas tornando-se um mosto dando início à fermentação. De quatro em quatro horas é feita a remontagem do mosto para manter as cascas e sementes submersas.

? Começa então a transformação do açúcar da fruta em álcool. A maceração dura em média duas noites e dois dias, depois se retira as cascas e sementes e vai para as cubas por um mês novamente. Finaliza com a retirada da borra que vai para o fundo das cubas ? explica o filho enólogo, formado na faculdade de Enologia em Bento Gonçalves.

Na primeira produção, no ano passado, foram 1,6 mil garrafas de Merlot e Riesling Itálico. Neste ano, a primeira foi a uva Riesling Itálico e uma semana depois a Merlot. Foram colhidas ao amanhecer no parreiral do primo Antônio Faccin em Monte Belo do Sul, no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. O porta enxerto, o “cavalo”, é produzido em estufas. As mudas vieram de Conegliano, na Itália.

Os três sócios não pretendem crescer na quantidade da produção de vinhos, mas investir em novos projetos com outros tipos de uva que as vinícolas não produzem principalmente ou em pequena quantidade

? O industrial, por ser produzido em alta quantidade, perde algumas qualidades que o artesanal mantém ? afirma o enólogo.

O cuidado com a higiene e com os detalhes na produção é fundamental. Para ter maior controle, todo o processo é acompanhado de perto por Lili já que o vinho descansa na sua ex-garagem.

? Nosso vinho não tem nada mais do que uva, sem aditivos ou conservantes.

Atualmente pode ser encontrado em alguns restaurantes de SC e existe um representante comercial em São Paulo. O branco e o tinto são vendidos por R$ 74.

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