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Diversos

Famílias brasileiras desperdiçam em média 128 kg de comida por ano

Estudo liderado pela Embrapa também aponta que o agronegócio pode ajudar no combate ao desperdício de alimentos

Foto: Agência Brasil

As famílias brasileiras desperdiçam, em média, 128 quilos de comida por ano, revela estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio da Fundação Getúlio Vargas e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Foram consultadas mais de 1,7 mil famílias e 59% delas afirmaram não dar importância para o excesso de comida no prato. Para 52%, é importante “ter fartura”. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, explica que existe uma busca criteriosos por alimentos esteticamente perfeitos, o que reflete o modelo econômico adotado anos atrás. “Talvez tenhamos que repensá-lo e redesenhá-lo para estimular os consumidores a olharem para o alimento de uma maneira mais pragmática”, diz.

Para o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, o agronegócio pode ajudar no combate ao desperdício fazendo com que toda a produção tenha um destino. “Seja para o mercado internacional, nacional ou local, mas que não fique no campo. Que ele seja reaproveitado na agroindústria, trabalho comunitário ou desenvolvimento local”, explica. Segundo o ministro, é necessário um conjunto de medidas que garantam uma produção com resultados na produtividade, mas também na comercialização.

Para o presidente da Embrapa, o combate ao desperdício pode gerar vantagens para o agronegócio. “Se seguirmos com o padrão de consumo, onde o desperdício é considerado algo natural ou inevitável, óbvio que a pressão sobre os sistemas produtivos e sobre a base de recursos naturais só vai crescer. Se conseguirmos reduzir significativamente, a pressão sobre todos vai diminuir”, diz Lopes.

Troca de conhecimento

O levantamento deve servir de base para a criação de políticas públicas contra o desperdício. Estratégias adotadas na União Europeia já são tratadas como exemplo. “Queremos aprender em conjunto com o Brasil, trocar nossas experiências, ver aquilo que faz mais sentido, partilhar boas práticas e aprender com circunstâncias diferentes”, explica o embaixador da UE no país, João Cravinho.

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