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Famílias indígenas esperam definição da Justiça para permanência em área de Mato Grosso

MP determinou desocupação da área Suiá Missu, no nordeste do Estado, até 6 de dezembroA semana começa com muita expectativa para as sete mil famílias que moram na área Gleba Suiá Missu, no nordeste de Mato Grosso. Elas esperam que nos próximos dias saia definição sobre a permanência ou não dos moradores no local. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), a área pertence ao índios xavantes. O Ministério Público (MP) determinou a desocupação até 6 de dezembro.

Um posto da Força Nacional foi montado na região pra fazer  valer a decisão da Justiça. A presença dos militares deixa os moradores tensos, que temem um confronto violento caso sejam obrigados a deixar suas casas. O advogado da Associação de Produtores da Região (Aprosum), Luiz Alfredo Feresin, diz que já foi encaminhado um pedido de reconsideração ao Supremo Tribunal Federal para que a decisão seja revertida  antes do prazo estipulado para desocupação.

A área demarcada pela Funai compreende 165 mil hectares que ficam dentro da Gleba Suiá Missu, na região nordeste de Mato Grosso. A  Funai defende que os índios ocupem a área e o governo de Mato Grosso oferece outra dentro do parque do Araguaia. Boa parte dos índios prefere  ainda um território que eles chamam de aldeia antiga, distante cerca de cem quilômetros da demarcação da Funai, na região do Cerrado.

Feresin diz que laudos da própria Funai mostram que nesta área existem 12 aldeias antigas e quatro cemitérios indígenas. O que segundo o presidente da Aprosum, Renato Teodoro, já caracteriza uma contradição.

Na área demarcada pela Funai passam duas rodovias federais importantes para o escoamento da produção agrícola e a preocupação dos produtores rurais é de que estas ligações sejam interrompidas pelas ocupações indígenas.

O produtor rural Valdecir Moresco mora e trabalha na região de São Félix do Araguaia há quatro anos. Ele montou nestas terras uma fábrica para beneficiamento do arroz que produz e de soja de outros produtores. A notícia da desocupação deixou o produtor preocupado e já no prejuízo. As máquinas estão paradas porque as empresas não entregaram mais produtos.

Segundo a Funai, existem 47 terras indígenas declaradas pelo ministro da Justiça como de uso exclusivo deles, que somam quase dois milhões de  hectares. Essas terras estão autorizadas para serem demarcadas ou em processo de demarcação física. O número de indígenas que habitam essas terras não está sistematizado.

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