– As condições favoráveis de crescimento para o trigo também são boas para as doenças de ferrugem. Por isso, quando há condições adequadas para o trigo, também há condições para a ferrugem prosperar e proliferar. O modo ideal para evitar a doença é plantar o trigo que já é resistente à ferrugem. Isto minimiza os riscos. Em caso de epidemias súbitas, a aplicação de fungicidas pode ajudar a mitigar os sintomas, mas apenas se a doença for identificada ainda no início – disse Fazil Dusunceli, diretor de agricultura da Divisão de Proteção e Produção Vegetal da FAO.
As ferrugens do trigo se manifestam como bolhas de cor amarela, preta ou marrom que se formam sobre as folhas e caules, que possuem milhões de esporos. Esses esporos, aparentemente semelhantes à ferrugem, infectam os tecidos da planta, impedindo a fotossíntese e diminuindo a produção de grãos.
Dusunceli ressaltou que o monitoramento deve ser aumentado especialmente na Etiópia e no Quênia, onde a safra está em andamento e as chuvas têm sido favoráveis.
Em anos anteriores, países como o Afeganistão, Paquistão e Marrocos foram severamente afetados pela ferrugem do trigo.
A FAO destacou a importância da vigilância eficiente para evitar a perda total da safra. Por isso, a agência lançou recentemente um sistema-piloto de vigilância por celular na Turquia que usa a tecnologia dos smartphones e mensagens de texto.
– A informação é agora instantânea e é canalizada diretamente para um banco de dados instalado no Ministério da Agricultura. Esses dados vão dar às instituições o conhecimento e sinais de alerta necessários para reagir rapidamente – disse Dusunceli.