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FAO aponta redução na inflação dos alimentos na América Latina e no Caribe

Apesar da queda do índice, reajustes ainda estão acima da média de preços geraisA inflação dos alimentos na América Latina e no Caribe mostra uma tendência à baixa, de acordo com o novo relatório regional da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Entre novembro de 2010 e janeiro de 2011, a inflação dos alimentos chegou a 3,3% na região, índice que caiu para 1,9% durante o primeiro trimestre de 2011. O resultado ficou abaixo da inflação geral, que alcançou 2,1% no mesmo período.

? A queda é bem-vinda porque a inflação dos alimentos afeta principalmente as famílias mais pobres, que em alguns países gastam até 60% de sua renda em alimentos. No entanto, os preços seguem altos e devemos seguir atentos ? disse Alan Bokanic, integrante da Regional da FAO para a América Latina e Caribe.

A inflação anual dos alimentos entre março de 2010 a março de 2011 também mostra uma tendência decrescente, mas se mantém mais alta que a inflação geral, alcançando 7,7% e 6,5%, respectivamente. Os dados fazem parte do relatório “Preços dos Alimentos na América Latina e no Caribe”, que utiliza os índices de inflação divulgados por institutos oficiais de estatísticas de cada país. 

Em junho, a FAO, em conjunto com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a Ruta, entidade de assistência técnica agrícola de Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, promoveu dois encontros de políticas do mais alto nível na América do Sul e na América Central, para facilitar aos governos a troca de experiências sobre como eles têm enfrentado o aumento e a volatilidade dos preços dos alimentos e para avaliar práticas e oportunidades de colaboração em conjunto.

Diminui a volatilidade, mas os preços internacionais permanecem altos

O índice dos preços internacionais dos alimentos permaneceu estável em abril. No entanto, seguem 36,5% superiores a seus níveis de um ano atrás. Os preços internacionais dos cereais em 2011 têm seguido em alta, devido aos incrementos dos preços do trigo e milho, o que tem repercutido em alguns países da região.

? Os preços dos alimentos não se transferem do nível mundial ao nacional de forma automática e linear. Há um atraso na transferência dos preços, a qual depende também de fatores como as taxas de câmbio, ou se um país é exportador ou importador de alimentos ? disse Bojanic, explicando a diferença entre os índices internacionais e regionais. 

A redução na volatilidade dos preços dos alimentos tem sido observada no mundo todo ? a variação vem caindo desde a crise de preços de 2008, mas ainda permanece mais elevada do que nos anos anteriores.

FAO convida os países a dialogar sobre políticas e preços dos alimentos

Diante do cenário de aumento e volatilidade dos preços dos alimentos, a FAO está promovendo uma série de encontros no mundo para facilitar a troca de experiências, melhores práticas e identificar oportunidades de colaboração para reagir à situação.

Na América Latina e no Caribe, os encontros serão organizados em conjunto entre a CEPAL, FAO e IICA. Nos dias 6 e 7 de junho, será realizado no Chile o seminário Sudamérica, e nos dias 15 e 16 do mesmo mês será discutida a situação da América Central em El Salvador.

? Os encontros lançam um olhar para o futuro e permitem aos países discutir que medidas têm trazido bons resultados e quais devem ser evitadas. A partir das análises das medidas tomadas pelos governos para enfrentar o aumento e a volatilidade dos preços, esperamos que eles possam identificar as melhores maneiras de seguir em frente, considerando que nos próximos anos os preços dos alimentos devem se manter mais elevados do que no período anterior à crise de 2008 ? explicou Bojanic.

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