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FAO pede US$ 23 milhões para agricultura no Haiti

Organização lembra que consequências do terremoto serão sentidas no setorO Escritório Regional para a América Latina e o Caribe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pediu neste domingo, dia 17, aos doadores internacionais US$ 23 milhões para a agricultura no Haiti. O pedido insere-se no apelo de US$ 562 milhões lançado pela ONU para ajudar o país caribenho devastado por um terremoto terça-feira passada, dia 12.

Em nota à imprensa, a FAO lembra que as consequências do terremoto serão sentidas no setor agrícola e que, no Haiti, o plantio começa em março.

? Os recursos são necessários para apoiar a produção alimentar no campo e cidade, não apenas nas áreas atingidas, mas também naquelas que não foram diretamente afetadas que, ainda assim, sofrerão as consequências do colapso da capital (Porto Príncipe).

O representante da entidade no Haiti, Ari Toubo Ibrahim, destaca no comunicado a possibilidade de um “deslocamento massivo de pessoas e de danos à infra-estrutura agrícola” e por isso diz que é preciso apoiar a produção local de alimentos para garantir o sustento das famílias.

Nos últimos 20 anos, o país se tornou dependente da importação de alimentos, embora a maioria de seus habitantes trabalhe na agricultura.

“Cerca de 80% dos haitianos trabalham na agricultura, mas não têm os conhecimentos e equipamentos necessários, e a FAO estima que metade da população do país esteja subnutrida”, afirma a nota.

A FAO informa que também o Programa Mundial de Alimentos pediu recursos para alimentar dois milhões de pessoas afetadas pelo terremoto. Como a época do plantio está chegando, os agricultores precisam de apoio nas próximas semanas para impedir que piorem as condições de segurança alimentar no país.

Segundo a FAO, os investimentos destinam-se à reabilitação da infra-estrutura da pequena agricultura, incluindo canais de irrigação e a indústria de processamento agrícola. Por causa do grande número de pessoas deslocando-se internamente, a FAO pretende ainda desenvolver projetos de agricultura urbana e periurbana, com ênfase na produção de alimentos nutritivos.

De acordo com a organização, os agricultores familiares haitianos precisam receber ferramentas agrícolas, sementes de qualidade e animais como galinhas e porcos para a produção de ovos e carne em pequena escala.

“Se as hortas familiares forem plantadas agora, em cerca de três meses já seria possível ter a primeira colheita”, avalia.

A FAO lembra que, em 2008, os altos preços dos alimentos e dos combustíveis foram responsáveis por uma onda de violência e por uma crise política no Haiti.

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