O departamento deverá oferecer cooperação técnica para grupos de pequenos e médios produtores que, segundo Graziano, são líderes incontestáveis em alguns segmentos agrícolas. De acordo com o diretor-geral, o apoio ao cooperativismo é uma das políticas de segurança alimentar com bons resultados no Brasil que serão levadas para a FAO.
– O apoio à agricultura familiar e o cooperativismo ajudaram muito a projetar a imagem positiva que o Brasil tem lá fora. Quero usar essa imagem para alavancar o apoio internacional ao cooperativismo -, disse ele após participar de evento do Fórum Social Temático (FST).
Além da assistência às cooperativas, as experiências brasileiras de políticas de fomento à agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e os programas de merenda escolar também serão aproveitadas em nível global, principalmente em países africanos. Graziano também afirmou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deverá ganhar um escritório na sede da FAO, em Roma.
O diretor-geral da FAO destacou ainda que a agricultura não pode ser vista apenas como problema para o desenvolvimento sustentável, e sim como parte da solução. Graziano defende a ida de ministros da Agricultura para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio Mais 20, que acontece em junho, no Rio de Janeiro.