Fapesp lança pesquisa sobre mudanças climáticas

Objetivo é desenvolver o conhecimento na área em âmbito globalO Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) foi lançado na manhã desta quinta, dia 28, em evento realizado na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

O objetivo do programa é avançar o conhecimento sobre as mudanças climáticas globais, de modo que as pesquisas auxiliem na tomada de decisões que sejam amparadas por resultados científicos no que diz respeito às avaliações de risco e às estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas globais.

O PFPMCG terá um componente tecnológico para o desenvolvimento das tecnologias apropriadas para o futuro, não somente ligadas a tecnologias inovadoras para mitigação de emissões, mas também tecnologias para adaptação em todos os setores e atividades, uma vez que algum grau de mudança climática já se tornou inevitável.

Na oportunidade, a Fapesp tornou pública duas chamadas de propostas destinadas a pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa no Estado de São Paulo: Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais e Desenvolvimento de Modelo do Sistema Climático Global.

O objetivo é identificar, selecionar e apoiar projetos de pesquisa fundamental e aplicada, de classe mundial, relacionadas aos temas descritos no documento de referência (ao lado, em inglês). São eles:

– conseqüências das mudanças climáticas globais no funcionamento dos ecossistemas, com ênfase em biodiversidade e nos ciclos de água, carbono e nitrogênio;

– balanço de radiação na atmosfera, aerossóis, gases-traço e mudanças dos usos da terra;

– mudanças climáticas globais e agricultura e pecuária;

– energia e gases de efeito estufa, emissões e mitigação;

– mudanças climáticas e efeitos na saúde humana;

– dimensões humanas das mudanças climáticas globais: impactos, vulnerabilidades e respostas econômicas e sociais, incluindo adaptação às mudanças climáticas.

O programa também desenvolverá um componente observacional, que deve envolver a recuperação e expansão de observações climáticas regionais e paleo-climáticas, para superar a falta de observações ambientais de qualidade para pesquisas, que têm sido um enorme obstáculo ao avanço científico do tema no Brasil. Isto será obtido em associação com outros mecanismo de financiamento internos e externos ao Estado de São Paulo.