Agricultura

Bons de faro: mais cães vão reforçar fiscalização agropecuária

Ministério da Agricultura espera formar novos operadores neste semestre para que os animais possam ir a campo ajudar neste trabalho importante

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Cão farejador contribui para evitar a entrada de pragas e doenças por meio de alimentos e outros produtos. Foto: Antônio Araújo/Ministério da Agricultura

O trabalho dos fiscais agropecuários é essencial para garantir a segurança fitossanitária e a sanidade animal no território brasileiro. Eles são uma barreira entre doenças avassaladoras, como a peste suína africana, e o agronegócio. Mas os fiscais também precisam de apoio, já que muitas vezes o perigo pode estar escondido na bagagem de passageiros vindos de voos internacionais ou interestaduais.

É aí que entram os cães treinados pelo Centro Nacional de Cães de Detecção do Ministério da Agricultura, como a cadela Frida, que atuou no ano passado em Roraima, em ações de prevenção contra a mosca-da-carambola. Em pouco tempo, o animal detectou frutas, sementes, hortaliças, pescado, produtos lácteos e outros itens que poderiam representar risco sanitário.

Desde o ano passado, o governo federal vem reforçando a fiscalização em aeroportos e rodoviárias estratégicas, com intuito de aumentar a segurança sanitária. Porém, não basta treinar cães. Esses animais vão precisar de operadores.

O termo geralmente usado para falar sobre funcionários de fazenda que dirigem máquinas agrícolas, é usado também para designar servidores públicos ligados ao setor de fiscalização do Ministério da Agrícola, que vão cuidar e comandar esses animais durantes as ações. Para isso, eles também passam por um treinamento específico.

E nesta semana Centro Nacional de Cães de Detecção e a Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro) realizaram a última etapa do processo seletivo para o 1º Curso de Formação de Operadores de Cães de Detecção no Ministério da Agricultura.

Servidores públicos efetivos selecionados participaram do Teste de Aptidão Preliminar (TAP) nas dependências operacionais do Aeroporto Internacional de Brasília e do centro. Foram realizadas atividades práticas e avaliativas supervisionadas com os cães, compreendendo tarefas básicas relacionadas ao manejo e operação desses animais em futuras ações de fiscalização.

“O TAP é a última fase das etapas do processo seletivo que irá formar novas equipes K-9 para atuar na fiscalização com cães de detecção nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal e em pontos estratégicos do país”, explica o auditor fiscal federal agropecuário Ângelo Queiroz.

Os candidatos aprovados no processo seletivo, conforme a disponibilidade de vagas por localidade, participarão do Curso de Formação de Operadores de Cães de Detecção entre os meses de abril e maio de 2021, e posteriormente poderão atuar com seus respectivos parceiros caninos.