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Fator climático preocupa produtores de cana de Mato Grosso do Sul

Últimas quatro safras tiveram prejuízos devido a instabilidades do climaO setor sucroenergético vive um momento delicado no Brasil. A crise enfrentada hoje tem suas raízes em 2009 e, desde então, diversos fatores contribuíram para a desaceleração do crescimento. A crise é reflexo de uma política pública que - apesar do crescimento da frota de veículos flex - torna o uso da gasolina bem mais interessante ao consumidor brasileiro. O resultado dessa perda de mercado do etanol para a gasolina aparece em números negativos: Desde 2009, mais de 40 unidades produtoras foram

• Seis usinas de cana pediram recuperação judicial em 2014

Nas quatro últimas safras, o clima foi o grande responsável pela baixa produtividade no Mato Grosso do Sul. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de MS (Biosul), Roberto Hollanda Filho, o prejuízo causado apenas pelas geadas foi de mais de 800 milhões de reais.

– As geadas que ocorreram em final de junho e meados de agosto de 2013 foram as maiores desde 1975 e afetaram mais de 100 mil hectares de cana. A planta afetada para de crescer, o que acarreta uma perda em peso. Ao mesmo tempo, gasta energia para sobreviver, justamente a sacarose. Assim, foram quatro milhões de toneladas a menos e, da cana que foi colhida, tivemos um ATR médio de 127 quilos por tonelada enquanto esperávamos 138, uma perda de quase 11 quilos de ATR a menos em cada uma das 41,5 milhões de toneladas processadas – contabiliza.

A grande diferença do Estado com relação ao momento que vive o setor no Brasil, é que no Mato Grosso do Sul, mesmo em meio à crise, existe uma expectativa de crescimento em torno de 7% até o final da safra 14/15, devido ao fato de que muitas unidades são recentes e ainda não atingiram a capacidade prevista de moagem.  A região sul do Estado concentra 80% da produção de cana e é justamente nesta faixa que existe chance de gear até o final do inverno. No ano passado, as geadas ocorreram em 23 de julho e 15 de agosto.

Este ano, o clima mais úmido até agora tem feito com que as massas frias não resultem em geada. Mas é grande a expectativa do setor com relação à ocorrência de El Niño, que se traduziria em um segundo semestre mais chuvoso. Isso atrapalha a colheita, reduzindo o tempo de aproveitamento das usinas e baixa também a qualidade da cana. O efeito positivo seria para a próxima safra, já que não haveria tempo para a colher a cana disponível nesta safra e a produtividade também seria maior.

Na safra passada, neste mesmo período, a combinação de frio e clima seco favoreceram a ocorrência das geadas e o setor, que esperava crescer 18% (de 37,3 para 44,1 milhões de toneladas) cresceu 11% (41,5 milhões) e ainda teve que estender a safra até o final de dezembro.

Como o Estado situa-se numa faixa de transição e sofre com eventos climáticos repentinos como chuvas em excesso e longa estiagem, os produtores de cana-de-açúcar podem contar com pesquisa e tecnologia para diminuir os riscos.

– A primeira providência é o manejo varietal. Nas áreas passíveis da ocorrência de geadas, devem ser usadas variedades precoces, a serem colhidas no início da safra. Por outro lado, o desenvolvimento de novas variedades de cana mais adequadas às condições de clima e solo do MS também é um prioridade de diversos institutos de pesquisa lá instalados, destacando-se a Ridesa – afirma

 A safra 13/14 moeu 41,5 milhões de toneladas de cana. A expectativa para a safra 14/15 é de 44,3 e, até o momento, o Estado moeu 5,8 milhões toneladas de cana, destinadas para a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade.

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