Desde 2005, o diesel vendido na bomba para o consumidor tem que ter 5% de biodiesel, uma medida que acabou garantindo a oferta e a demanda pelo produto. O problema é que até hoje não havia distinção quanto à localização das usinas, o que beneficiava as que estavam mais próximas dos estados produtores de soja, que tem um custo menor no transporte.
? As distribuidoras vinham buscar o produto independente da região que estivessem e não existia custo nenhum para o produtor. Mas existia uma grande disparidade no custo de produção de alguém que está no Centro-Oeste ou no Sul, que são os maiores produtores de biodiesel. Quem estava perto da matéria-prima, tinha uma competitividade muito maior e isso não se refletia durante os leilões. Quem tinha o poder de barganha, conseguiu ofertar um produto muito mais barato para quem estava próximo da matéria-prima ? afirmou o administrador, Alessandro Terelmuter Carmeli.
O analista José Carlos Hausknecht também considera positiva a ideia do fator logístico. Para o especialista, as mudanças no próximo leilão são significativas. Ele acredita que a tendência é de que o setor caminhe para um sistema de negociação mais livre.
? Os produtores que estiverem próximos dos mercados consumidores estarão beneficiados; os mais distantes terão uma penalização. Ao contrário do que ocorria antes, a diferença de custo vai ser passada para o produtor ? explica.