Conforme o presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca, a crise não comprometeu e nem vai comprometer o desempenho do setor por uma simples razão:
? Trata-se de um setor de alimentação. Somente o de bens duráveis sentiu o reflexo da crise.
De modo geral, a avaliação sobre o desempenho das exportações de carne industrializada no último mês e até agora em 2008 é positiva. Em outubro, o Brasil faturou com as exportações de carne bovina pouco mais de US$ 549 milhões, 33% a mais em relação ao volume embarcado no mesmo período de 2007 (US$ 410 milhões). A queda no volume exportado foi de 134 mil toneladas em outubro de 2007 para 124 mil toneladas no último mês. No ano, nestes primeiros 10 meses, a proporção é parecida. Em valor houve aumento de 26% e em volume, queda de 12%.
O aumento de mais de 40% no preço médio da tonelada de carne do ano passado para este explica o bom faturamento. As barreiras sanitárias da União Européia, e não a crise, é que justificam a queda no volume de exportações, que, segundo a Abiec, só não foi maior porque se abriram novos mercados para o Brasil, como Rússia, Venezuela e Líbano.
Com a expectativa de volta do mercado europeu, o otimismo da Abiec é ainda maior para 2009.
? O faturamento vai chegar a R$ 7 bilhões ? estima Gianetti da Fonseca.
Nem mesmo a eleição de Barack Obama ? democrata e, portanto, protecionista ? vai mudar este otimismo, garante o presidente da Abiec. O poderoso mercado norte-americano não vai ter como resistir por muito tempo ao potencial brasileiro, segundo ele.
? Independente do presidente, os americanos precisam da produção agrícola do Brasil. De carne e etanol também.