O ministro da Agricultura e da Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, está na região paranaense dos Campos Gerais, nesta terça-feira (8), onde participa da abertura da Agroleite 2023
Na oportunidade, o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, reforçou junto ao ministro a reivindicação dos produtores de soja paranaenses para que o período de plantio da lavoura seja mantido igual ao calendário das safras anteriores, quando o prazo de semeadura se estendia de setembro a 31 de janeiro.
Para a safra 2023/24, o Ministério da Agricultura restringiu o calendário, encerrando o período de plantio em 19 de dezembro.
“O nosso pedido é para que seja mantido o calendário tradicional, até 31 de janeiro, como forma de permitir melhores condições para o desenvolvimento da cultura da soja, dada a sua importância para a economia do estado”, reforçou Ricken.
Pedido será atendido
Fávaro reconheceu a importância do pleito e disse que o pedido será atendido.
“Nós compreendemos que o Brasil é um país continental, com todas as particularidades de um território deste tamanho. Nós padronizamos a calendarização da safra 2023/24, mas sabemos que é preciso, agora, tratar as exceções de forma excepcional. E isso será feito com base na ciência e nas verdadeiras particularidades, evitando a pirataria de sementes e o plantio de soja sobre soja, que precariza nossa produção com risco sanitário”, disse Fávaro.
Segundo ele, a solicitação da Ocepar, feito junto com o governo do estado do Paraná, é legítimo. “É uma janela que precisa ser estendida para uma região que é importante, que produz sementes, faz duas safras e meia a cada três anos. Isso vai ser considerado”, afirmou.
Outras exceções serão consideradas
O ministro da Agricultura informou, ainda, que o pedido também já havia sido feito pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion.
“Agora, com o reforço do governo do estado e da Ocepar, nós vamos começar a editar as exceções, inclusive em atendimento a outros estados e de regiões que necessitarem”, assegurou.
Armazéns da Conab
Outra reivindicação apresentada pela Ocepar ao ministro Fávaro é sobre os armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), localizados em Ponta Grossa e que estão subutilizados.
Já em ofício formalizado em abril junto ao ministério, a Ocepar manifestou interesse em um projeto de intercooperação entre as cooperativas paranaenses e a Conab para otimização das estruturas.
A proposta apresentada pela instituição é o arrendamento ou comodato do complexo de armazenagem para um grupo de cooperativas, a realização de investimentos para a modernização e a implementação de um modelo de gestão que permita a operação ininterrupta dos armazéns em período de safra.