Farta produção de milho, preços mais atraentes para o agricultor e melhora da competitividade do produto brasileiro em função da valorização do dólar indicam que o país poderá exportar até 28,5 milhões de toneladas de milho este ano. É o que aponta o estudo divulgado nesta segunda, dia 28, pela consultoria INTL FCStone.
A análise ressalta, no entanto, uma controvérsia entre as projeções de embarques recordes e os dados sobre o desempenho das exportações até o momento.
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– Apesar de os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ainda não estarem trazendo exportações em níveis mais altos, em meio do contexto favorável, o acompanhamento mensal feito pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereal (Anec) traz um volume de embarques mais elevado – observa a analista da INTL FCStone Ana Luiza Lodi.
Dados da Anec indicam que, em agosto, as exportações totalizaram 4,49 milhões de toneladas. O número é diferente dos 2,28 milhões de toneladas apontados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) no mesmo período. Segundo Ana Luiza, essa diferença ocorre por causa da metodologia utilizada pelas duas instituições. A Anec considera o que foi efetivamente embarcado no período, enquanto o Mdic precisa fechar toda a documentação para o dado poder ser lançado no sistema. Levando em conta os dados da Anec até agosto, segundo Lodi, seria possível o Brasil superar o estimado pela INTL FCStone (de 27 milhões de toneladas) e alcançar 28,5 milhões de toneladas de milho no fim do ano.
