O menor volume de chuvas no Centro-Oeste e no Nordeste levou a consultoria INTL FCStone a reduzir sua estimativa para a safra brasileira de soja em 2015/2016. A expectativa é de colheita de 100,451 milhões de toneladas, ante 101,082 milhões de toneladas esperadas em outubro.
Se confirmado o volume, haverá um incremento de 4,4% sobre as 96,254 milhões de toneladas do ciclo 2014/2015.
A consultoria também reduziu a expectativa de produtividade média, de 3,02 toneladas por hectare para 3 toneladas por hectare. Já a área plantada foi mantida em 33,459 milhões de hectares, aumento de 4,3% em relação à safra anterior.
Segundo a análise, as chuvas abaixo da média nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí e São Paulo prejudicaram o ritmo de plantio. “No Nordeste, a situação pode ficar mais crítica, influenciando negativamente o potencial produtivo nos próximos meses”, observa a analista de soja da INTL FCStone, Natalia Orlovicin.
Segundo os cálculos da consultoria, no Piauí a produtividade pode chegar a 2,52 toneladas por hectare.
Por outro lado, ainda de acordo com a consultoria, a região Sul contribui para o incremento, com umidade adequada e boas condições. “Tanto no Paraná, que já está com boa parte da soja plantada, quanto no Rio Grande do Sul, que está no início do plantio, o clima tem sido mais chuvoso e, portanto, favorável ao desenvolvimento da safra”, resume Natália.
A analista destaca ainda que a demanda externa pelo grão brasileiro deve continuar em alta. “O dólar mais forte já está causando uma migração da demanda dos Estados Unidos para o Brasil.”
Milho
A INTL FCStone também divulgou sua estimativa para a área de milho primeira safra 2015/2016 no Brasil, mantendo-a em 5,814 milhões de hectares, o que representa uma queda de 5,6% em relação à de 2014/15.
A consultoria também não alterou suas projeções para rendimento médio (4,84 toneladas por hectare) e produção (28,159 milhões de toneladas). De acordo com a analista Ana Luiza Lodi, o plantio do cereal no Paraná transcorre sem problemas, e as chuvas garantem boa umidade ao solo.
Ainda segundo Ana Luiza, no Rio Grande do Sul, dois terços da área já foram semeados e as condições das lavouras são muito boas, mesmo após a geada ocorrida em setembro e as chuvas mais volumosas em algumas áreas do estado.