Ortigara relembrou o período em que o cultivo e a industrialização de mandioca ainda era artesanal em meados da década de 70 no Paraná. De lá para cá – disse – a cadeia produtiva evoluiu e hoje o Estado é o maior produtor de fécula do país, abastecendo as indústrias dos demais Estados. E os investimentos do setor agropecuário que estão acontecendo – acrescentou – estão sendo direcionados para o Interior, em regiões que necessitam de mais desenvolvimento, para fortalecer todo o Paraná.
Para o secretário, a instalação da indústria proporciona uma boa opção para o pequeno produtor da região Noroeste do Estado com o cultivo de mandioca. Ele apresentou dados do Departamento de Economia Rural (Deral) do Estado em que a produção de mandioca se expandiu na região. Entre os municípios de Icaraíma, Altônia e São Jorge do Patrocínio que produziam em torno de 1,5 mil hectares entre 2002 e 2003 hoje plantam uma área de 14,1 mil hectares, um crescimento de 486%.
A nova fecularia vai produzir fécula de mandioca, polvilho doce, polvilho doce granulado, polvilho azedo, farinha de mandioca branca, farinha de mandioca amarela e farinha de mandioca torrada. Será a primeira indústria de Icaraíma com instalações modernas e tecnologia de ponta, com capacidade de moagem de 400 toneladas de mandioca por dia.
Os dirigentes da indústria anunciaram que em pouco tempo vão dobrar essa capacidade, para uma moagem de 800 toneladas de mandioca por dia. Outra meta é dar início a um investimento que vai garantir a produção de amido de milho.
A Fecularia Lopes iniciou suas atividades em 1994 em Nova Londrina, região de Paranavaí, e hoje atende a quase todos os Estados da federação com uma produção diária de 280 toneladas de amido de Mandioca. O faturamento, que era de R$ 311 mil no início das atividades, passou para mais de R$ 46 milhões em 2010.