– A substituição de um ministro sempre traz preocupação com relação à continuidade e velocidade das decisões – argumenta o presidente da Federarroz, Renato Rocha.
Ele pretende retomar as conversas e diz esperar que “o novo titular seja tão eficiente e informado sobre esta cadeia produtiva quanto o seu antecessor”. Rocha defendeu publicamente a permanência de Mendes Ribeiro Filho no cargo.
A Federarroz cita como uma das providências urgentes a realização de uma reunião do Ministério da Agricultura com os representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), “para resolver o impasse dos bancos privados, estaduais e cooperativos que se negam a renegociar as dívidas arrozeiras”. A entidade também defende o estabelecimento de cotas de importação de arroz dos países do Mercosul, além da redução da carga tributária ao longo da cadeia, com incentivos fiscais e isenções de impostos para o arroz destinado à exportação, como forma de garantir a competitividade do setor.
A entidade vai reforçar ao novo ministro que mantenha no cargo o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, que tomou posse em janeiro deste ano.
– Já que o restante da equipe pode deixar o Ministério da Agricultura, precisamos que ao menos este representante permaneça, pois conhece as demandas setoriais e já comprometeu-se com uma série de reivindicações dos arrozeiros – diz Rocha.
O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional do cereal.