Uma das questões apresentadas é a necessidade de adequar o suprimento de arroz à demanda interna, face à importação excessiva do Mercosul. Segundo avaliação da Federarroz, equacionando os excedentes seria resolvida grande parte dos problemas.
Segundo Renato Rocha, desde que o Brasil alcançou autossuficiência produtiva em 2004, há sobras no mercado por causa da importação de grão dos países vizinhos, o que derrubou preços e gerou prejuízos e um passivo gigantesco ao setor nacional.
– Os arrozeiros se reinventaram, buscando o mercado externo e adotando cultivos alternativos, e aumentaram a produtividade sem ampliar área. Mas, não é suficiente. Precisamos estancar esta entrada de excedentes – diz o presidente da Federarroz.
Os dirigentes arrozeiros pediram ao ministro Antonio Andrade que dê continuidade ao tema e mantenha a linha adotada pelo Mapa, que já estuda medidas para reduzir o impacto do Mercosul no mercado interno. Também foi solicitada a indicação de um representante do ministério para servir de elo com a cadeia produtiva do arroz, função para a qual o ministro designou Neri Geller, secretário nacional de Política Agrícola.
Por fim, os arrozeiros solicitaram ao ministro que participe da reunião convocada para a próxima semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com bancos privados, estaduais e cooperativos que não aderiram à repactuação das dívidas arrozeiras criada pelo governo federal.
Um documento com os pleitos apresentados na audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara Federal também foi entregue a Antonio Andrade, que se reunirá para discutir os temas da orizicultura em andamento no Mapa nos próximos dias. Renato Rocha, da Federarroz, considerou a reunião positiva.
– Estamos entre as primeiras entidades gaúchas a se reunir com o ministro. Acredito que haverá resultados em breve – afirma.
O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional do cereal.