“O que acontece aos preços do arroz é simplesmente a recuperação de preços aos níveis anteriores àqueles praticados no ano de 2011, que pelos prejuízos causados ao produtor deve ser esquecido pelo setor agrícola”, defende o vice-presidente da Federarroz na Planície Costeira Interna, Daire Coutinho, por meio de nota.
A entidade demonstra preocupação com pressões para a queda no preço do cereal, com o argumento de pressão inflacionária. Hoje o arroz é negociado a cerca de R$ 35,00 a saca de 50 quilos no Estado. Os leilões de venda de arroz, como o realizado há duas semanas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segundo a Federarroz, são benéficos para a abertura de espaços nos armazéns, mas devem ser controlados, para não baixar o preço ao produtor, que está aproveitando a alta para recuperar perdas da safra passada. A Conab fará leilão de venda e compra simultânea de 2,7 milhões que quilos de arroz beneficiado na próxima quarta, dia 12.
Energia
Já o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) avalia que a redução do custo da energia deve levar a uma economia de 5% com a irrigação das lavouras no Rio Grande do Sul, de R$ 415,00 por hectare, para R$ 395,00 por hectare.
– Mas esse porcentual pode variar de acordo com a região do Estado, porque a Fronteira Oeste, por exemplo, usa mais energia do que o litoral sul – diz o presidente do Irga, Claudio Pereira.
O cálculo do instituto considera uma redução de 20%, porque, segundo Pereira, não está claro se a irrigação entrará na tarifa residencial (recuo de 16,2%) ou industrial (menos 28%). No custo total de produção, o corte no preço da energia deve representar uma economia de 0,5%. Hoje, segundo o Irga, o custo total de produção do arroz é de R$ 4,19 mil o hectare.
Ainda para presidente do Irga, o corte nas tarifas anunciado pelo governo também deve trazer benefícios à indústria de beneficiamento do arroz, mas não há um levantamento de qual é a participação da energia elétrica nos custos da indústria, porque as empresas tratam como informação estratégica.