Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Brasil quer organizar cadeia produtiva do feijão

Entre os desafios para melhorar o setor estão o registro de novos defensivos, a equalização de impostos e a alteração nas lei de classificação

Fonte: Sebastião José de Araújo/Embrapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), quer implementar o Plano Nacional do Feijão até 2018, onde serão identificados os principais entraves do setor, por meio de um amplo diagnóstico que analisará a produção também sob a perspectiva sócio-cultural. Este diagnóstico servirá como um roteiro para os projetos destinados a organizar a cadeia produtiva.

Além do Mapa, o plano conta com apoio do Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses (CBFP), o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) e onze entidades que participam da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão. A ideia é lançar o Plano Nacional da Cadeia Produtiva do Feijão em fevereiro de 2018.

O secretário executivo do Mapa, Eumar Novacki, diz que “o feijão faz parte da nossa cultura. Além de ser saudável, tem preço, oferta garantida no país e potencial de exportação”.

O segmento do feijão e pulses será a segunda cadeia produtiva a contar com este grau de organização, a exemplo das frutas, que recentemente passaram pelo mesmo processo. Em janeiro deverá ser lançado o Plano Nacional da Fruticultura.

O mercado do feijão e pulses representam R$ 16 bilhões com grande potencial na exportação. O Brasil é hoje o maior fornecedor de feijão contando com três safras em quase todos os estados da federação, totalizando 3,3 milhões de toneladas/ano, em média.

No caso dos pulses, o Brasil dedica atenção cada vez maior ao mercado importador do mercado asiático, após a missão oficial do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em setembro de 2016, quando se identificou demanda superior a 4 milhões de toneladas.

O secretário executivo do Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses, Egon Schaden Júnior, identifica três principais desafios a serem enfrentados para o sucesso do Plano Nacional da Cadeia Produtiva do Feijão.

“Primeiro, os registros de novos defensivos”, explicou Schaden,”porque algumas variedades do grão e dos pulses ainda não possuem produtos específicos e registrados, o que não permite a rastreabilidade da produção. Segundo, a equalização do ICMS entre os Estados para garantir a competitividade, já que a guerra fiscal ainda afeta o feijão e outros produtos da cesta básica. E terceiro: necessidade de alterações nas legislações sobre classificação – existem feijões tipo 1,2,3 -, pois os padrões ainda não são claros e uniformes. É importante aprovar legislações que indiquem os parâmetros corretos de avaliação e classificação.

Segundo Egon Schaden é também fundamental o “desenvolvimento de ações para frear a queda do consumo per capita do feijão pelos brasileiros, além do desenvolvimento de novas variedades, com investimento em sementes de qualidade e certificadas.”

Sair da versão mobile