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Feijão

Cotação do feijão pode subir no início de 2019, avalia Ibrafe

Com rentabilidade menor, produtores do Paraná diminuíram 30% da área plantada com a variedade carioca na primeira safra

Foto: Sistema Faep

Com rentabilidade 15% menor em setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, produtores de feijão carioca do Paraná decidiram plantar menos. O Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe) aponta que a expectativa é que a primeira safra do produto tenha área plantada reduzida em 30%.

“Isso significa, em nível Brasil, um milhão de hectares a menos, o que estaria entre os menores números da história, talvez venha a ser a menor área plantada da história”, ressalta o presidente da entidade, Marcelo Lüders.

Segundo o Ibrafe, muitos agricultores estão preferindo plantar soja na safra de verão, devido ao retorno maior, e fazer na segunda safra o plantio do feijão. “Há um desestímulo muito forte. Muitos negociaram seu produto sem margem ou com margem negativa. Ou seja, aqueles que poderiam estar investindo na cultura não estão”, afirma.

A diminuição de área também está impactando as vendas de sementes, que segundo o instituto, já caíram 50%.

A indicação de área plantada no Brasil também é de redução, com possível exceção de Minas Gerais. “O fato é que os produtores têm se interessado por outras culturas. Normalmente eles olham os preços hoje e, se as cotações não estão bem, que é o que está ocorrendo, a área tende a cair”, explica.

Preços

O Ibrafe acredita que em 2019 o agricultor tenha um período de preços maiores. “Pela lógica, se a área plantada diminui, espera-se que o início do ano que vem seja um período de melhor resultado para o produtor”, diz Lüders.

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