Cooperativas do Paraná pediram ao Ministério da Agricultura que apoie a comercialização da nova safra de feijão. Em nota no site da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o setor pede que sejam alocados recursos para realização de leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), para transferência do grão aos estados do Nordeste, e também para financiar a estocagem de feijão carioca.
Em ofício ao secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destaca que as condições climáticas desfavoráveis observadas no “pico” de colheita comprometeram a produtividade e a qualidade do grão novo. “A consequência é o baixo interesse dos agentes do mercado em adquirir o produto ofertado”, disse.
Conforme a nota da Ocepar, os produtores mais afetados são os que produziram feijão carioca. “Na entrega do grão há deságio por qualidade e existem relatos de grãos sendo comercializados a R$ 80 por saca de 60 quilos, o que não remunera os custos do produtor e fica abaixo do preço mínimo de comercialização.”
Maior produtor de feijão do país, o Paraná colhe três safras anuais. O Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab/Deral) diz que a estimativa é de que na safra 2017/2018 sejam colhidas 703 mil toneladas nas duas primeiras safras. A terceira será cultivada apenas em março.