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ANÁLISE

Feijão em alta: demanda impulsiona preços no país

Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, o mercado ficou firme para os padrões extra de escurecimento lento

feijão carioca
Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa

Um volume razoável de oferta no mercado brasileiro de feijão carioca foi apresentado durante uma semana, com a presença de compradores dentro da expectativa e manutenção dos preços na Bolsa. Cerca de 30 mil sacas foram ofertadas, com aproximadamente 10 mil comercializadas.

Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, o mercado ficou firme para os padrões extra de escurecimento lento, especialmente para aqueles com classificação de cor 8,5 ou superior, enquanto permanecem estáveis ​​para os demais. Os preços dos feijões comerciais tiveram consequências, enquanto as pequenas variações nos preços dos tipos extra refletiram a qualidade do grão.

A competência de grão extra de qualidade superior contribuiu para a falha na entrega, mantendo os preços nominais. Destacou-se a demanda por variedades superiores, especialmente aquelas com classificação de cor 8,5, negociadas entre R$ 280,00 e R$ 315,00 por saca, afirmou.

Menor área para o feijão carioca

A projeção de área para a segunda safra do feijão classe núcleos, englobando o grão carioca, é de 324,8 mil hectares, uma queda de 8,6% em relação ao ano anterior. Por consequência, a produção deve cair, ficando em 515,9 mil toneladas, uma queda de 8,74% em comparação com a safra anterior. A produtividade média também teve uma redução de nível, passando para 1.588 quilos por hectare.

Conforme o analista, essa redução é atribuída à menor atratividade dos preços do feijão carioca em comparação com o feijão preto, que alcançou valores recordes perto do início das decisões de plantio para esta temporada 2023/24, e à preferência dos produtores para outras culturas mais rentáveis, como soja e milho.

Feijão preto

Segundo Oliveira, o feijão preto estava pouco movimentado, trabalhando com um volume modesto de amostras na Bolsa. Cerca de 2 mil sacas foram disponibilizadas, porém poucos lotes foram efetivamente negociados na bolsa durante uma semana.

Durante a semana, uma variedade apresentada de estabilidade, com pedidas entre R$ 240,00 e R$ 260,00 por saca para os feijões nacionais. Embora poucos negócios tenham sido fechados na Bolsa do Brás, os corretores orientaram abastecendo o mercado, inclusive por meio de negócios via embarque. Quanto à segunda safra, os trabalhos estão em diferentes estágios de desenvolvimento, com condições climáticas planejadas, embora a previsão de temperaturas frias possa retardar o ciclo e aumentar o risco de doenças, como a antracnose.

Apesar do volume mais restrito de amostras durante as madrugadas, o mercado chega bem abastecido, tanto para o disponível quanto para embarque. Com o baixo interesse nas aquisições, o avanço da colheita no Paraná e o volume previsto de produção, ou a visão dos preços segue sendo de baixa, explicou o analista.

Na região de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, a opção varia entre R$ 180,00 e R$ 220,00 por saca. As ofertas de feijão preto importado são cotadas em média a R$ 280,00 por saca. Embora as vendas tenham sido suspensas, algumas corretoras especularam sobre possíveis flutuações na demanda ao longo do mês, o que poderia afetar os preços. Com a falta de transações para orientar os valores, o mercado aguarda o pós-pregão para determinar o boato de que a variedade poderá ocorrer na próxima semana.

De acordo com o analista, a cadeia produtiva antecipa um aumento nas ofertas de feijão preto, o que pode trazer estabilidade ao mercado até que essas ofertas em maior volume e padrão cheguem. Os estados da região Sul do país enfrentam irregularidades climáticas nesta temporada, o que pode impactar a produção e a oferta do grão.

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