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Nacional

Ministério da Agricultura apreende 4 mil toneladas de feijão com resíduo de agrotóxico

O feijão-caupi apreendido pelo Mapa é da safra de 2021; voluma equivale a 140 carretas carregadas com o produto

Uma ação conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) apreendeu 4,2 mil toneladas de feijão-caupi, também chamado de feijão-de-corda, com resíduo de herbicida proibido para a cultura.

O Mapa não revelou qual foi o agrotóxico utilizado no feijão.

A fiscalização aconteceu em Campo Novo do Parecis (MT).

Foi o maior volume de feijão já apreendido pelo Mapa.

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Feijão apreendido pelo Ministério da Agricultura. Foto: Divulgação/Mapa

Investigação

A ação foi realizada após investigações sobre a origem de feijão-caupi contaminado em atacadistas e distribuidores deste alimento.

A mercadoria é referente à safra de 2021 e equivale a 140 carretas carregadas com o produto.

“Embora as análises laboratoriais tenham atestado que todos os lotes da safra passada estão impróprios para o consumo humano, não se deve concluir que a aplicação irregular de agrotóxicos é prática sistemática na região. Isso ocorreu porque o produto de diversos produtores são normalmente descarregados na mesma moega e acabam se misturando dentro de silos de até 5 mil toneladas. Para se ter o comprometimento de todo o produto ensilado, basta algumas cargas contaminadas e movimentação de grãos entre estruturas de armazenamento”, explica o auditor fiscal federal agropecuário, Cid Rozo.

Durante a ação fiscal, foi observado que a empresa armazenadora já havia identificado o problema e o recebimento de grãos dos produtores da safra deste ano já está condicionada a acompanhamento de campo e utilização de testes rápidos de detecção de resíduos de agrotóxicos.

Ainda neste ano, novas fiscalizações serão realizadas tanto em feijão comum como feijão-caupi.

Mato Grosso

Em Mato Grosso, serão realizadas novas ações conjuntas nos demais municípios produtores, além de etapas para identificar a origem da contaminação no campo por meio de fiscalização dos produtores de feijão-caupi que entregaram estes grãos durante a safra passada.

Com as intensificações de ações fiscais e a implementação de processos de controle e monitoramento por indústrias beneficiadoras de feijão na aquisição de matéria-prima, o Mapa afirma tem constatado a diminuição nos índices de produto irregular oferecidos no mercado.

“Além do trabalho realizado até o momento, a nossa expectativa é de que com a aprovação da lei de autocontrole, novas ferramentas de acompanhamento serão implementadas. Também estamos aguardando a atualização do decreto de inspeção, que passará a responsabilizar solidariamente corretores e produtores rurais por comércio de produto contaminado. Com isso, ambas iniciativas deverão impactar substancialmente na qualidade e segurança do feijão produzido no país”, destaca o auditor.

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