A qualidade das lavouras de milho paraenses está preocupando o setor. Em seu levantamento semanal, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) estima que 25% estão em situação ruim, 51% em condições médias e apenas 24% apresentam bom aspecto.
Técnico da Seab, Hugo Godinho afirma que o número é bastante expressivo. “E conforme a colheita vai evoluindo, estamos tendo uma piora”. diz. A seca, que já dura dois meses em algumas regiões, está afetando seriamente a produtividade. O relatório do Deral aponta queda de 20% na produção por hectare em relação à semana passada, que passou de 5.516 mil quilos registrados no ciclo 2016/2017 para 4.415 neste.
O impacto desta quebra somado à redução de 13% na área cultivada com o grão deve gerar uma produção total de 9,3 milhões de toneladas — 30% menos do que as 13,3 milhões de toneladas da safra anterior.
Com 91% da safra em maturação e 9% em frutificação, a colheita no Paraná chegou a 31% da área, prevista em cerca de 2,1 milhões de hectares.
Enquanto isso, os trabalhos de campo na área cultivada com feijão atingiram 82% do total, segundo o Deral. Estimativas da entidades apontam queda de 13% no território onde a cultura foi plantada quando comparados os ciclos 2016/2017 e 2017/2018 — passou de 43,2 mil hectares para 37,5 mil.
Segundo o departamento paranaense, no estado 80% das lavouras estão em boas condições, 16% em situação média e 4% em condições ruins, com 100% das lavouras em maturação.
Com produtividade média de 1.555 quilos por hectare, a produção do PR deve chegar a cerca de 58,3 mil toneladas, com retração de 20% frente às 72,8 mil toneladas obtidas na temporada anterior.