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Pesquisadores alertam para incidência de mofo branco nas lavouras

Doença pode causar grande redução no rendimento de culturas como a soja e feijãoO mofo branco, também conhecido como "podridão branca", é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. A patologia pode causar alta redução no rendimento de culturas como soja e feijão, atacando outras espécies comerciais.

Os engenheiros agrônomos Carlos Dellavalle Filho e Roberto Rodrigues Junior estimam que 6 milhões de hectares no Brasil apresentem a doença, o que totalizaria 8,6% das áreas com o micro organismo que provoca o mofo branco.

O que é o mofo branco

• O fungo tem como hospedeiro mais de 400 espécies de cerca de 200 gêneros botânicos; entre as mais importantes culturas estão soja, feijão, girassol, algodão, tomate industrial, batata e outras hortaliças;

• Na ausência de hospedeiro suscetível, o fungo pode persistir por um longo período no solo por meio de suas estruturas de resistência (escleródios), caracterizadas pela dureza e coloração escura, que sobrevivem imersos no solo por um período médio de cinco anos ou mais, podendo chegar até 10 anos;

• A disseminação se dá principalmente pelas sementes; 

Identificação

Os primeiros sintomas são lesões encharcadas nas folhas ou qualquer outro tecido da parte aérea da planta. Nos tecidos infectados, surge uma eflorescência branca que lembra algodão, constituindo os sinais característicos da doença. Em poucos dias, o micélio transforma-se em uma massa negra e rígida.

Quando a cultura é colhida, os escleródios formados nos tecidos vegetais podem cair no solo e virar fonte de inóculo para a cultura subsequente.
 
Desenvolvimento da doença

As condições de clima favoráveis para seu desenvolvimento são alta umidade e temperaturas amenas (de 20 a 25 ºC). Essas condições contribuem para que os escleródios caídos ao solo germinem e desenvolvem uma superfície do solo, que por sua vez produz ascopóros, que são liberados no ar e responsáveis pela infecção de outras plantas.

Manejo

Fungicidas específicos caso as medidas preventivas não surtam efeito.
 
Medidas preventivas

• Uso de sementes sadias e certificadas;
• Incremento de micro organismos no solo como o Trichoderma spp.,
• Cobertura do solo com brachiaria, visando uma barreira física à germinação dos escleródios presentes no solo;
• Rotação de cultura com gramíneas
• Uso de fungicidas em tratamento de sementes (TS) e em aplicação aérea registrados para a cultura;
• Acompanhamento de um engenheiro agrônomo ou técnico para que se tenha uma recomendação eficiente e um manejo adequado;

* Artigo dos engenheiros agrônomos Carlos Dellavalle Filho e Roberto Rodrigues Junior

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