O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,32% em janeiro, acima dos 0,15% registrados em dezembro. No mesmo período do ano passado, o índice foi de 0,29%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do país ficou em 3,78%, pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O grupo alimentação e bebidas puxou a alta da inflação. Em seguida, aparecem as despesas pessoais, que subiu 0,61%. Juntos, os grupos alimentos e bebidas e despesas pessoais responderam por cerca de 90% do índice do mês.
Alimentação em casa
O item alimentação no domicílio subiu 0,97% em janeiro, especialmente em função das altas nos preços do feijão-carioca (19,76%), da cebola (10,21%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,78%).
No caso do feijão carioca, a alta pode estar relacionada com a quebra de safra que o Paraná, um dos maiores produtores do Brasil, sofreu. A região passou por problemas climáticos como fortes chuvas e seca severa.
O leite longa vida, após cinco meses consecutivos de queda, subiu 2,10%, contribuindo com 0,02 ponto percentual no IPCA de janeiro. Verificou-se ainda redução expressiva nos preços do tomate (-19,46%), o que ajudou a conter a alta dos itens alimentícios.
Alimentação fora de casa
A alimentação fora de casa também acelerou e subiu 0,79%. O destaque ficou com as altas do lanche, que passou de 0,72% para 0,91%, e da refeição, que atingiu 0,90%, quando havia registrado 0,08% no mês anterior.
Despesas pessoais
No caso das despesas pessoais, o aumento de preços foi impulsionado pela alta de itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%) e de alguns serviços como manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%).
Cálculo da inflação
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Para o cálculo do índice do mês, segundo o instituto, foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (base).