De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda da área de feijão acontece em boa parte do país. Somando as três colheitas que fazem a safra 2014/2015, a estimativa é de que a redução seja de 7,5% no Centro-Oeste, de 8,3% no Sudeste e 18% na região Sul. No total, a área de feijão no Brasil caiu 5,7% e deve ficar em 3,173 milhões de hectares.
Feijão preto apresenta queda de 20% em um mês
Como as chuvas colaboraram no último verão, a produtividade aumentou, mas não o suficiente para impedir que a produção caia 1,6%, a 3,399 milhões de toneladas.
Para a analista de mercado Sandra Hetzel, a produção menor garante preços maiores que os praticados em 2014, quando a saca ficou abaixo dos R$ 100 durante alguns meses. A economia desaquecida pode favorecer o consumo de um dos alimentos mais populares do país.
No início de maio, o preço máximo pago ao produtor pela saca de 60 quilos de feijão carioca foi de R$ 140 em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. O maior valor pago pelo feijão preto foi de R$ 130 reais em Goiás. Outro fator que deve manter o mercado firme é a redução das importações.
Mesmo com o preço atrativo, os produtores afirmam que só pretendem voltar a cultivar feijão se houver avanços biotecnológicos no setor.