De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores de feijão não estão dispostos a negociar os grãos devido ao cenário de valores no mercado.
Os preços do feijão estão recuando, diante da baixa procura dos consumidores e as vendas ficaram bem abaixo do esperado, pois há pouca demanda de compradores, que continuam em busca por produtos mais comerciais, cotados entre R$ 260 e R$ 280 a saca.
A Conab ainda aponta para a próxima semana, que mesmo com a baixa oferta do produto e os preços elevados, somados aos efeitos da baixa procura e o avanço da colheita da segunda safra de feijão, as cotações podem diminuir em breve.
No estado do Paraná, aproximadamente 45% da área cultivada foi colhida, e apenas 35% da produção comercializada pelos produtores. No mês de maio, as chuvas intensas e baixas temperaturas na região, prejudicaram o potencial produtivo das plantas e a qualidade do produto. Boa parte do feijão teve que passar por secadores, já que os grãos apontavam elevado teor de umidade, o que diminuiu a qualidade e os preços.
Na região Centro-Sul do país, a 2ª safra também encontra-se em plena colheita, devendo atingir o pico ainda neste mês de junho. No mercado atacadista de São Paulo, os preços apresentaram uma expressiva desvalorização. O produto de melhor qualidade passou, em média, de R$ 329,50 para R$ 305, ou menos R$ 24,50 por saca (feijão comum preto). A maior parte dos empacotadores continua se abastecendo diretamente das fontes de produção, onde a colheita ultrapassa metade da área prevista para esta temporada.